Diálogo Interativo

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14 agosto, 2006

Por que Cristovam não decola?

O tema Educação permeou quase toda a entrevista do senador Cristovam Buarque, candidato à Presidência pelo PDT. É sua principal plataforma de campanha. Buarque apresentou bons argumentos e explicou um pouco melhor a proposta de federalização da educação básica. Sempre torci o nariz para isso, porque penso que tal tarefa é de responsabilidade dos municípios. Mas o candidato esclareceu que pretende fazer uma espécie de co-gestão da Educação fundamental. Interessante.
O casal telejornal pegou meio pesado com o fato de Cristovam não ter conseguido se reeleger governador do DF. Ele perdeu aquela eleição, em 1998, por uma diferença de menos de 1% dos votos. E perdeu para Joaquim Roriz (PMDB), conhecido por práticas pouco recomendáveis em se tratando de campanha eleitoral. Talvez o fato de ter vacilado na questão do aumento de salário para o funcionalismo público tenha mesmo selado sua derrota, já que a diferença foi ínfima.
Uma explicação sobre demanda e necessidade foi fantástica: Buarque disse que quando a pessoa está num supermercado e pode pagar o que compra, ela tem demanda por determinados produtos; já aquele que está do lado de fora, deseja ou precisa dos mesmos produtos mas não pode comprar, tem necessidade. Disse também que demanda e necessidade precisam ser tratadas de forma diferente.
Fiquei com a impressão de que falta a Buarque capacidade de colocar em prática o que defende e o que planeja quando as condições de que dispõe não são as ideais. Isso ficou claro tanto na entrevista quanto na sua passagem pelo Ministério da Educação. Ele tinha tudo para ser o melhor ministro do governo Lula. Entretanto, não foi o que aconteceu — Buarque ia para a imprensa reclamar que sua pasta não tinha verba, assunto que deveria ser tratado estritamente dentro do governo. Acredito que esta atitude tenha sido determinante para sua cabeça rolar na reforma ministerial. Ele é inteligente, bem-intencionado e tem informação. Mas peca na hora de praticar.
Pelo menos numa coisa o senador-candidato está certo: Educação é o caminho.

1 Comments:

  • At 15:12, Anonymous Anônimo said…

    concordo em genero, numero e grau

     

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