Diálogo Interativo

Espaço para troca de ideias sobre diversos assuntos, com destaque para atualidades, comunicação, política, educação e relações humanas.

06 outubro, 2011

Facebook II: as campanhas



É impressionante a capacidade de disseminação de campanhas pelo Facebook. Umas com muita adesão, outras nem tanto.

E eu não podia deixar de comentar a que está bombando nestes dias de outubro: as fotos de perfis trocadas por imagens de desenhos animados e/ou gibis. Foi uma sacada genial. Principalmente pelo objetivo: chamar a atenção de todos para a preservação da infância, sobretudo no tocante à violência contra crianças.

E não há forma melhor do que fazer com que nós nos lembremos da nossa infância. De maneira lúdica, lá vamos nós para o São Google escolher imagens para ir trocando ao longo dos dias. De quebra, matando saudades do nosso tempo de criança.

Como não vou colocar imagens de todos os desenhos e personagens que gostava, aqui vai uma listinha (e ainda vai ficar faltando, pois não lembro de todos): Popeye, Smurfs, Caverna do Dragão, Doug Funny, Bolinha, Snoopy, Pepe Legal, Tartaruga Touché, Turma da Mônica, Os Flintstones, Batman, Super-Homem, Capitão América, As aventuras de Babar, Pato Donald, Shrek, A Era do Gelo, Speed Racer, Tom & Jerry, Pica-Pau, Mister Magoo, He-Man, She-Ra, Zé Colmeia, Os Simpsons, Os Jetsons, Thundercats, Pateta, Manda Chuva, Marco, Asterix, Família Dinossauros, Tutu Barão, Scooby Doo, Pernalonga, Pantera Cor-de-Rosa... Bem, a lista é interminável.

No meio de tanto lixo que assola a néuta, iniciativas como essa são muitíssimo bem-vindas.

No próximo post, falo sobre privacidade no Feicibúque. Inté.

18 agosto, 2011

Facebook I: introdução

Não sou exatamente um, digamos, tecnófilo, mas gosto de algumas das novas tecnologias e tento tirar o máximo proveito delas. E, claro, é impossível deixar de falar da internet e de um dos seus maiores fenômenos da atualidade: o Facebook.

Rendi-me a essa bagaça na véspera do meu quadragésimo aniversário. E fiquei admirado com as múltiplas ferramentas e possibilidades que o Facebook proporciona. Não vou listar aqui, afinal quem usa conhece. Agora, cá pra nós, se deixar o negócio vicia. Toda hora a gente vai lá pra ver quem postou o que, quem está online, etc e tal e coisa. E a gente não resiste em dar uma postadinha. Tem que controlar, como qualquer compulsão. E não pode deixar prejudicar nossa vida, nossas tarefas do cotidiano.

Tecnologia é algo muito bom, desde que mude nossa vida pra melhor. Agora, o melhor mesmo da tecnologia é quando a gente sai de férias e deixa-a de lado.

Nas próximas semanas (sempre às quintas) comento aqui outros aspectos do Feicibúque.

17 abril, 2011

Renascimento

Dia 19 é quatro ponto zero. Agradeço à natureza e a Deus por ter chegado razoavelmente inteiro e vivido. Mas vãobora: ainda tem a outra metade. No mínimo.

29 outubro, 2010

De olho no voto II, o desfecho

Ao contrário do que fiz em outros anos, preferi não postar textos e mais textos sobre as eleições deste ano. A guerra virtual ficou tão intensa que este reles blog iria ser apenas mais um na profusão de cliques eleitorais. Nem e-mails sobre eleições repassei — li um por um e deletei a imensa maioria.

Estou confiante na vitória de Dilma Rousseff neste domingo. Isto não significa que eu pense que ela já ganhou. Apenas estou otimista. Fiz um pouco de campanha, colei adesivos no carro, participei de uma carreata aqui em Belo Horizonte, conversei com muita gente, mas sem provocações nem discussões acaloradas nem tentativas de convencimento.

Hoje tem debate na Globo, com aquele interessante formato de apenas eleitores indecisos perguntando. Bem bacana, porque deve focar mais nas propostas e menos nos motivos de baixaria. E como teve baixaria nesta campanha! Também, Dilma passou todo o primeiro turno apanhando. Tinha que ir pra cima, talvez não de forma tão pesada quanto foi, mas tinha que se defender. É igual briga de menino na escola: só para de apanhar quando bate.

Campanhas no Brasil são muito longas. Para mim, 30 dias bastariam.

Beligerâncias à parte, acredito que o melhor para o Brasil é o projeto ora em curso, que Dilma representa.

De qualquer forma, o jogo só termina depois do apito do juiz. E eleição ganha (ou perdida) é só depois de contado o último voto.

Volto a escrever semana que vem, para comentar o resultado. Bom voto a todos/as.

12 setembro, 2010

De olho no voto

Fiz hoje uma coisa que não fazia há muito tempo: assisti a um debate inteiro na TV. Vi pela Rede TV! e fui acompanhando os comentários de jornalistas e de internautas pelo site da Folha. Isso me fez lembrar dos debates das eleições de 1994. Não perdia um. E assistia com caderno e caneta na mão, anotando tudo que os candidatos diziam. Coisa de estudante de jornalismo / engajado / militante.

Não vou ficar aqui analisando desempenho deste/a ou daquele/a candidato/a, até porque, pelos comentários que li na Folha durante o debate, vejo que as opiniões são muito contaminadas pela, digamos, torcida de cada um/a, o que aproxima muito a política do futebol. Faltou uma discussão mais aprofundada sobre alguns temas relevantes e teve muita repetição de clichês, frases de efeito e assuntos que os jornais já vêm martelando há dias. Aí o debate fica meio enfadonho. O que vai pegar mesmo é o da Globo, marcado para o dia 30. Tem um formato diferente, tem muuuito mais audiência e vai acontecer a menos de 60 horas do início da votação.

As pesquisas mostram uma larga vantagem de Dilma Rousseff. Acho que a influência que o debate global pode ter é a eleição presidencial ter ou não segundo turno. E só.

Considerando a baixíssima audiência da Rede TV!, o eleitorado vai mesmo se guiar pela repercussão do debate que os jornais derem a partir deste momento.

10 setembro, 2010

O Brasil tem pena de morte. E você pode ser o próximo!

Leia os jornais de BH de ontem e hoje. Pasme. Estarreça. Indigne-se.

Quem conhece a avenida Raja Gabaglia, em Belo Horizonte, especificamente o trecho final, sabe o quão propício é desenvolver altas velocidades no local, tanto na subida quanto na descida. Quem não conhece ou mora fora de BH, dê uma olhada no Google Maps e veja o trecho, que vai da avenida Barão Homem de Melo até o trevo com a BR 356 e a MG030, próximo ao BH Shopping.

Pois bem, abra a imagem no Google Maps e imagine um cidadão dirigindo desde o entroncamente da Barão até o trevo do BH Shopping, ou seja, subindo a avenida, NA CONTRAMÃO!!!! O boçal simplesmente subiu quase um quilômetro da avenida na pista contrária. Então temos três elementos:
- contramão;
- alta velocidade;
- motorista comprovadamente embriagado.

Aí vai ver a idade do cara: 22 anos na época, fevereiro de 2008. Aí vai ver o carro do cara: Honda CR-V (zero km custa R$ 88.000 pela tabela Fipe de hoje). Pois o dito cujo atingiu de frente o carro de um empresário de 44 anos que ia cedinho pra Ceasa trabalhar. Adivinha? O inocente morreu e o culpado está soltinho por aí — o carrão dele tinha airbag, pré-tensionador de cinto e outros penduricalhos. Pior: a Justiça (?) decidiu que ele responderá por homicídio culposo, ao invés de doloso ou pelo menos dolo eventual. Sabe o que vai acontecer?

Adivinha!

Isso mesmo. NADA!

No máximo quatro anos de prisão, que, claro, serão convertidos em cesta básica, coisas do tipo. É o que valeu a vida do empresário, cuja esposa tem hoje sequelas de AVC e a vida destruída por um cidadão impossível de qualificar, seja qual for o adjetivo que usemos.

O causador do acidente foi premiado. O empresário e sua família foram condenados à morte.

Casos assim pipocam aos borbotões neste país. E todos estamos sujeitos a isso. A ter nossas vidas dilaceradas a preço de banana podre.

Da minha parte, educo meus filhos para que tenham responsabilidade no trânsito — cada um tem sua cadeirinha no carro. colocam sozinhos os cintos e me chamam a atenção se eu passar no sinal amarelo. Preparados para ser respeitosos cidadãos (assim espero). E rezo todos os dias para que nunca encontrem um %@#&* desses pela frente.

Chorei ao ver a foto de Ana Paganelli aos prantos pela memória de seu marido e pela impunidade que, mais uma vez, reina absoluta.

Por que a Justiça brasileira é tão condescendente com os assassinos do trânsito?

Por quê?

Por quê?

Até quando, meu Deus?

13 julho, 2010

España, siempre

E deu a Fúria. Não preciso falar quase nada, os jornais já deram uma geral na inédita conquista espanhola. Jogo trancado, muita pernada, mas a Espanha mereceu, pela campanha que fez e pela partida final, com maior posse de bola e um futebol menos medíocre que o da Holanda.

Ficam alguns registros desta Copa, na ótica deste escriba:
- muitos erros de arbitragem. A Fifa deveria ceder à tecnologia em alguns aspectos, como a linha do gol;
- a alegria e energia do povo africano, com tudo que têm em termos de luta, história e de semelhança com os brasileiros;
- houve grande destaque às mulheres — jornalistas, torcedoras, enfim. Mas esse destaque foi maior na internet, devido às características deste veículo, que mistura jornal, rádio, tv, revista e uma grande dose de interatividade;
- a falsa polêmica envolvendo a Jabulani, a bola oficial da Copa. Afinal, as 32 seleções não usaram o mesmo modelo de bola?? Então, cadê o problema?
- uma certa dose de violência em campo em algumas partidas;
- as baixas na primeira fase, notadamente Itália e França — esta última achei pouco e bom, por causa da ajeitada de mão antes do gol que classificou a França durante as eliminatórias;
- ah, claro. As vuvuzelas reinaram absolutas.

(Até que ia torcer pra Holanda, que aí a gente teria perdido pra campeã, né?)

E recomeça a insanidade que é o Campeonato Brasileiro. Uma competição anual com 380 partidas só pode ser insana.

E 2014 é logo ali. Aliás, logo aqui.

Foto: Getty Images