Diálogo Interativo

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13 julho, 2010

España, siempre

E deu a Fúria. Não preciso falar quase nada, os jornais já deram uma geral na inédita conquista espanhola. Jogo trancado, muita pernada, mas a Espanha mereceu, pela campanha que fez e pela partida final, com maior posse de bola e um futebol menos medíocre que o da Holanda.

Ficam alguns registros desta Copa, na ótica deste escriba:
- muitos erros de arbitragem. A Fifa deveria ceder à tecnologia em alguns aspectos, como a linha do gol;
- a alegria e energia do povo africano, com tudo que têm em termos de luta, história e de semelhança com os brasileiros;
- houve grande destaque às mulheres — jornalistas, torcedoras, enfim. Mas esse destaque foi maior na internet, devido às características deste veículo, que mistura jornal, rádio, tv, revista e uma grande dose de interatividade;
- a falsa polêmica envolvendo a Jabulani, a bola oficial da Copa. Afinal, as 32 seleções não usaram o mesmo modelo de bola?? Então, cadê o problema?
- uma certa dose de violência em campo em algumas partidas;
- as baixas na primeira fase, notadamente Itália e França — esta última achei pouco e bom, por causa da ajeitada de mão antes do gol que classificou a França durante as eliminatórias;
- ah, claro. As vuvuzelas reinaram absolutas.

(Até que ia torcer pra Holanda, que aí a gente teria perdido pra campeã, né?)

E recomeça a insanidade que é o Campeonato Brasileiro. Uma competição anual com 380 partidas só pode ser insana.

E 2014 é logo ali. Aliás, logo aqui.

Foto: Getty Images

08 julho, 2010

Mais uma seleção no clube das campeãs

É, como desejei no último parágrafo do post anterior, Holanda e Espanha disputarão a final da Copa das vuvuzelas.

Volto a escrever aqui depois desta partida.

03 julho, 2010

Ainda a Jabulani rolando


A Copa do Mundo, como todos os outros eventos esportivos internacionais, é um momento de confraternização em torno do esporte. Culturas diferentes se encontram e se misturam para celebrar um dos esportes mais queridos e jogados. Hoje, com o aparato tecnológico da mídia, há farto material para acompanharmos, pelos mais diversos meios, tudo que acontece dentro e fora das quatro linhas.

Neste momento em que as semifinais já estão definidas (três equipes europeias e uma sul-americana) e que 28 seleções já deixaram a competição, os sites jornalísticos mundo afora têm um estoque enorme de informações sobre este campeonato tão carregado de simbolismo, análises, opiniões as mais diversas. Não me cabe aqui, portanto, comentar o que a mídia já vem comentando à exaustão, nem lamentar a saída do Brasil na partida de ontem contra a Holanda. Apenas digo que a seleção jogou como deu conta de jogar, no contexto possível, fazendo o possível. A Copa, como qualquer campeonato, afere qual equipe é a melhor. E que o Brasil não tinha a melhor equipe, todos nós já sabíamos. Então, chega de choro e que venha 2014. E antes disso, tem Copa América ano que vem na Argentina, Olimpíadas em 2012, Copa das Confederações aqui no Brasil em 2013 e as eliminatórias — que o Brasil não disputará porque já estará automaticamente classificado para 2014 por ser o país-sede.

Nesta fase de mata-mata, chama a atenção o contraste entre o lamento de quem vai embora e a euforia de quem segue na competição. Fiquei particularmente comovido pela entrevista do goleiro Júlio César depois do jogo de ontem, que, custando a segurar o choro, fez um balanço bem sensato da participação do Brasil neste Mundial. Ao mesmo tempo, a alegria dos holandeses era incontrolável e incontestável. Jogaram melhor e o resultado foi justo. E as reações são as mais diversas: tem choro, revolta, controle, descontrole. E o que dizer dos jogadores que acabam se tornando pivôs positivos ou negativos? Gyan, de Gana; Felipe Melo, do Brasil; Klose, da Alemanha; Villa, da Espanha; Cardozo, do Paraguai; Sneijder, da Holanda... pra ficar nos mais recentes.

Meu lamento fica por conta de nenhum país africano conseguir chegar às semifinais. A última esperança era Gana, que caiu dramaticamente ontem diante do Uruguai. De qualquer forma, foi a melhor participação de equipes africanas em Mundiais.

A África do Sul, um país com uma belíssima história recente capitaneada pelo eterno líder Nelson Mandela, consolida sua identidade como nação de destaque. Ficará à disposição do país toda a infraestrutura construída para a Copa. Que a nação saiba usá-la para a consolidação da paz e da harmonia entre os povos sonhada por Mandela e por seu povo, tão bem representado nesta Copa pela profusão de cores e pelo barulho ensurdecedor das vuvuzelas.

E aguardemos as próximas partidas. Particularmente, torço para que o caneco fique com Holanda ou Espanha, países que jamais ganharam uma Copa.

Foto: Roberto Candia/AP

02 julho, 2010

Stand-by

Faltam 40 minutos para a partida entre Brasil e Holanda. Depois deste jogo, seja qual for o resultado, farei um texto dando uma geral nesta Copa do Mundo.

Que a Jabulani balance as redes e que soem as vuvuzelas!