De alma lavada
Não preciso fazer qualquer análise neste momento sobre a vitória do presidente Lula nas eleições de ontem. Toda a imprensa nacional está fazendo isso nesta segunda-feira. Aliás, é o assunto que mais vai pautar a mídia nas próximas semanas.
Hoje, sou só alegria. Longe de achar que o Governo Lula é perfeito, tenho a certeza de que o Brasil fez a melhor escolha. Dentre as forças políticas que almejavam a cadeira de presidente, Lula representa o melhor para o país no momento, pelas razões que já sabemos.
Chamou-me a atenção a disputa nos Estados, principalmente a derrota dos Sarney no Maranhão, caso sui generis neste 2º turno. Por uma esquizofrenia local, Lula e Roseana se apoiaram e a população maranhense disse sim ao presidente (84% dos votos) e não à oligarquia no Maranhão, meio que no mesmo caminho da Bahia, que aplicou uma forte pancada em ACM. Lula perdeu em apenas sete das 27 Unidades da Federação. Terá pelo menos 15 governadores em sua base aliada. E Geraldo Alckmin teve cerca de 2 milhões de votos a menos que no primeiro turno.
Reproduzo abaixo artigo de Gilberto Dimenstein publicado hoje no site da Folha, para completar a análise fria do processo. A verdade é que estou feliz pra dedéu.
Abraços a todos.
Por que Lula venceu
Lula venceu por um simples motivo: conseguiu aliar seu passado de retirante nordestino com os avanços sociais nos quatro anos de seu mandato, gerando uma forte identificação com os eleitores, a maioria deles pobres.
Claro que essa identificação foi estimulada por uma permanente operação de marketing como se estivéssemos sempre em ano eleitoral. É claro também que Lula se beneficiou da herança bendita (inflação baixa, aumento das exportações, maior controle dos gastos) do governo anterior.
Mas os números mostram que, nos últimos quatro anos, os mais pobres tiveram aumento expressivo de renda, devido à combinação do Bolsa Família, da elevação do mínimo, baixa no preço dos alimentos, entre outros fatores. A sensação de melhoria não foi uma ilusão, mas real, vista na quantidade de produtos nas geladeiras — e, até, nos migrantes que voltavam para suas terras.
Se isso tudo é sustentável, é outra discussão. O Brasil é um país de maioria de pobres — e os pobres se sentiram menos pobres. Para entender a vitória do Lula, o resto, inclusive o desempenho de Alckmin, não passa de acessório.
Hoje, sou só alegria. Longe de achar que o Governo Lula é perfeito, tenho a certeza de que o Brasil fez a melhor escolha. Dentre as forças políticas que almejavam a cadeira de presidente, Lula representa o melhor para o país no momento, pelas razões que já sabemos.
Chamou-me a atenção a disputa nos Estados, principalmente a derrota dos Sarney no Maranhão, caso sui generis neste 2º turno. Por uma esquizofrenia local, Lula e Roseana se apoiaram e a população maranhense disse sim ao presidente (84% dos votos) e não à oligarquia no Maranhão, meio que no mesmo caminho da Bahia, que aplicou uma forte pancada em ACM. Lula perdeu em apenas sete das 27 Unidades da Federação. Terá pelo menos 15 governadores em sua base aliada. E Geraldo Alckmin teve cerca de 2 milhões de votos a menos que no primeiro turno.
Reproduzo abaixo artigo de Gilberto Dimenstein publicado hoje no site da Folha, para completar a análise fria do processo. A verdade é que estou feliz pra dedéu.
Abraços a todos.
Por que Lula venceu
Lula venceu por um simples motivo: conseguiu aliar seu passado de retirante nordestino com os avanços sociais nos quatro anos de seu mandato, gerando uma forte identificação com os eleitores, a maioria deles pobres.
Claro que essa identificação foi estimulada por uma permanente operação de marketing como se estivéssemos sempre em ano eleitoral. É claro também que Lula se beneficiou da herança bendita (inflação baixa, aumento das exportações, maior controle dos gastos) do governo anterior.
Mas os números mostram que, nos últimos quatro anos, os mais pobres tiveram aumento expressivo de renda, devido à combinação do Bolsa Família, da elevação do mínimo, baixa no preço dos alimentos, entre outros fatores. A sensação de melhoria não foi uma ilusão, mas real, vista na quantidade de produtos nas geladeiras — e, até, nos migrantes que voltavam para suas terras.
Se isso tudo é sustentável, é outra discussão. O Brasil é um país de maioria de pobres — e os pobres se sentiram menos pobres. Para entender a vitória do Lula, o resto, inclusive o desempenho de Alckmin, não passa de acessório.