Águas de março, sem poesia
Temporais que atingiram Belo Horizonte e São Paulo nesta semana causaram mortes e destruição. Em poucas horas de chuva, as duas cidades viveram momentos de caos e pânico, guardadas as devidas proporções. O inacreditável é o quanto as nossas cidades de grande e médio porte estão despreparadas para lidar com uma das manifestações mais normais (sic) da natureza.
As inundações desta semana são o resultado da equação formada por encaixotamento de córregos, impermeabilização do solo, ocupação desordenada, lixo que entope as galerias pluviais e, claro, agressões ao meio ambiente, que vêm provocando cada vez mais chuvas fortes e concentradas.
Então, temos componentes culturais, econômicos, ambientais, sociais e também de falta de planejamento no que se refere à concepção das nossas cidades. Medidas paliativas como os chamados piscinões já existem em São Paulo e são cogitados para ser construídos em BH — a Barragem Santa Lúcia já é um.
Se pelo menos a população fizesse a sua parte não jogando lixo em qualquer lugar, acredito que diminuiríamos em mais de 50% o risco de alagamentos como o que matou um casal de idosos no bairro Santo Antônio/Cidade Jardim, em BH. Sem falar nas enchentes do Ribeirão Arrudas na virada do ano.
Cidades frágeis, vidas mais frágeis ainda. Grande desafio para nossas autoridades, que não têm culpa da falta de planejamento de governos passados, mas que têm a obrigação de pensar soluções para o futuro.
As inundações desta semana são o resultado da equação formada por encaixotamento de córregos, impermeabilização do solo, ocupação desordenada, lixo que entope as galerias pluviais e, claro, agressões ao meio ambiente, que vêm provocando cada vez mais chuvas fortes e concentradas.
Então, temos componentes culturais, econômicos, ambientais, sociais e também de falta de planejamento no que se refere à concepção das nossas cidades. Medidas paliativas como os chamados piscinões já existem em São Paulo e são cogitados para ser construídos em BH — a Barragem Santa Lúcia já é um.
Se pelo menos a população fizesse a sua parte não jogando lixo em qualquer lugar, acredito que diminuiríamos em mais de 50% o risco de alagamentos como o que matou um casal de idosos no bairro Santo Antônio/Cidade Jardim, em BH. Sem falar nas enchentes do Ribeirão Arrudas na virada do ano.
Cidades frágeis, vidas mais frágeis ainda. Grande desafio para nossas autoridades, que não têm culpa da falta de planejamento de governos passados, mas que têm a obrigação de pensar soluções para o futuro.