Diálogo Interativo

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19 março, 2009

Águas de março, sem poesia

Temporais que atingiram Belo Horizonte e São Paulo nesta semana causaram mortes e destruição. Em poucas horas de chuva, as duas cidades viveram momentos de caos e pânico, guardadas as devidas proporções. O inacreditável é o quanto as nossas cidades de grande e médio porte estão despreparadas para lidar com uma das manifestações mais normais (sic) da natureza.

As inundações desta semana são o resultado da equação formada por encaixotamento de córregos, impermeabilização do solo, ocupação desordenada, lixo que entope as galerias pluviais e, claro, agressões ao meio ambiente, que vêm provocando cada vez mais chuvas fortes e concentradas.

Então, temos componentes culturais, econômicos, ambientais, sociais e também de falta de planejamento no que se refere à concepção das nossas cidades. Medidas paliativas como os chamados piscinões já existem em São Paulo e são cogitados para ser construídos em BH — a Barragem Santa Lúcia já é um.

Se pelo menos a população fizesse a sua parte não jogando lixo em qualquer lugar, acredito que diminuiríamos em mais de 50% o risco de alagamentos como o que matou um casal de idosos no bairro Santo Antônio/Cidade Jardim, em BH. Sem falar nas enchentes do Ribeirão Arrudas na virada do ano.

Cidades frágeis, vidas mais frágeis ainda. Grande desafio para nossas autoridades, que não têm culpa da falta de planejamento de governos passados, mas que têm a obrigação de pensar soluções para o futuro.

7 Comments:

  • At 00:00, Anonymous Anônimo said…

    O que vemos é a demonstração da mais perfeita falta de planejamento, falta de interesse em investir ou pelo menos tentar minimizar os efeitos de tanto tempo de descaso e desrespeito ao ambiente em que vivemos.

    É chocante ver o que está acontecendo ao nosso redor toda vez que a chuva resolve cair.

     
  • At 09:59, Blogger Unknown said…

    Oi, João Como está?
    Ainda nem tive tempo de responder seus posts e atualizar o diário. O tempo tá corrido demais lá no estágio e na puc...tou na fase de projeto experimental e a cada dia é bibliografia nova pra completar. Mas na medida do possível agente vai trocando idéias, ok?
    Grande abraço
    Leandro

     
  • At 10:11, Blogger Unknown said…

    João
    Por sinal acabei de ver agora a pouco no Bom Dia Brasil a situação em BH e em São Paulo e, foi como disseram...uma situação que acontece em várias capitais brasileiras. Em SP são pouco mais de 5 mil toneladas que a Prefeitura consegue recolher. Em Brasília, segundo o mesmo jornal, são 6 mil toneladas. Sem querer retirar a responsabilidade dos governos municipais, mas creio que o maior problema é o lixo concentrado nas áreas urbanas, jogado de forma desrespeitosa e desordenada. Além das enchentes, temos o acúmulo de água e com ela, a maldita Dengue que insiste em dar as caras. O maior problema, enfim é a falta de conscientização da população que se preocupa só com o seu quintal e que se dane o restante da cidade. Prova disso é a própria Teresa Cristina. Certa vez li um relato de uma moradora da região do Nova Cintra que viu um homem com pinta de executivo, estacionar seu carro 'top de linha' na av. jogando um pesado saco ribeirão abaixo...o conteúdo do saco??? Vai saber qual é... mas por aí pode se ter uma idéia do que é capaz a falta de educação das pessoas!

     
  • At 22:58, Blogger Unknown said…

    João,
    por falar em degustação de cerveja, gostava de ir a feira da cachaça e no MinasTchê, só pra degustar cachaça de graça, kkkkk
    eu particularmente gosto demais.
    Agora essa das cervejas da revista do Sebrae, vc tinha q ver era as fotos das cervejas claras e pretas... um verdadeiro convite, kkkk

     
  • At 23:03, Blogger Unknown said…

    O caso do fotojornalista do O TEMPO, foi de matar.
    Fiquei numa revolta descontrolada. Nós do gabinete em que trabalho na ALMG entramos em contato com ele inclusive e pedimos pro Dep. que trabalho pra ele fazer um ato de desagravo no plenário.
    o mundo tá acabando!

     
  • At 00:03, Blogger Unknown said…

    Acho um absurdo a situação de BH. Todos os anos a história se repete. Árvores, galhos nas ruas, engarrafamento, inundação, desabamento. É tudo igual. Se você liga a TV vai acabar tendo uma sensação de deja vú. O que falta é uma adequação e planejamento dos orgãos competentes. Eles podiam pensar assim: se tem o problema, vamos resolver. Mas, não. Se tem um problema ele é esquecido e se revela em cada temporada de chuvas.

     
  • At 13:54, Blogger João Flávio Resende said…

    Binha e demais,
    E as chuvas estão voltando...
    Abraços.

     

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