Diálogo Interativo

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25 setembro, 2006

Por que voto em Ronaldo Vasconcellos, 432, para senador

O Senado compõe junto com a Câmara o Congresso Nacional. Assim, temos o que se denomima Parlamento Bicameral, por ter duas Casas Legislativas. O Senado, além de referendar as decisões da Câmara, tem outras atribuições, como sabatinar pessoas escolhidas pelo presidente da República para ocupar determinados cargos, como o de presidente do Banco Central. Determinados projetos de Lei e determinados assuntos que envolvem o Poder Público são exclusivamente tratados pelo Senado.
Os 513 deputados federais são divididos entre os Estados segundo critério populacional, e representam, portanto, o povo do seu Estado de origem. Já os 81 senadores representam as Unidades da Federação — três para cada uma das 27 Unidades, aí incluído o Distrito Federal. O mandato dos senadores é de oito anos (absurdo!!!!!) , com eleições alternadas: em 2002, votamos em dois candidatos para representar Minas Gerais; nesta, votaremos em um; em 2010, em dois, e assim por diante.
Escolher meu candidato a senador foi dificílimo. Considerando a fidelidade partidária, deveria votar em Newton Cardoso. Afinal, em negociações entre o PT e o PMDB, ficou acertado que o PT ficaria com a vaga de candidato a governador e o PMDB com o vice e com o candidato a senador. Internamente, em convenção, o PMDB escolheu Newton. Simples, se não tivéssemos historicamente combatido o tipo de política que Cardoso sempre fez: obscura, com grandes obras de utilidade discutível e erros como o Cardiominas, que, agora, felizmente vai ter alguma utilidade. Além disso, tenho grande preconceito contra políticos muito ricos. Sinto um cheiro de borracha queimada.
Até pensei em votar no Newton para contrapor e evitar a vitória de Eliseu Resende (não é meu parente, juro!!!), este sim representante do que há de mais atrasado na política, que apoiou o regime militar, fato bastante para merecer o meu repúdio. Mas não terei coragem. Vai contra tudo que já defendi na minha militância. Nem conseguiria fazer campanha para o "companheiro".
Não sobra muita coisa. Acho que o PSOL tende a se fortalecer como partido de oposição, mas a intransigência e demagogia de muitos de seus membros, começando por HH, me impede de dar um votinho que seja a este partido, em que pese o fato de ter em suas fileiras pessoas de qualidade, que deixaram o PT por não se identificar mais com a legenda (eu particularmente prefiro ficar e dar minha modestíssima contribuição para tentar consertar).
Assim, por pura falta de opção, votarei em um candidato professor universitário, ex-deputado estadual e federal, ligado às questões do turismo e do meio ambiente, que hoje é vice-prefeito de Belo Horizonte, parceiro da política democrática e popular do prefeito Fernando Pimentel, apesar de apoiar Aécio. Melhor que anular o voto.
Por isso, voto para senador em Ronaldo Vasconcellos Novais, 56 anos, do PV, número 432.