Diálogo Interativo

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21 dezembro, 2006

O maior presente é o próprio Cristo!

Numa certo mês de novembro da década de 80, ao ver as primeiras propagandas de TV alusivas ao Natal, eu disse "Xi, vai começar essa enjoeira (sic) de novo!". Levei uma bronca da minha mãe, que disse que eu não deveria falar assim do Natal. Expliquei que eu não gostava da avalanche publicitária e que, quanto ao verdadeiro sentido do Natal, nenhum problema.

Pois é com esse mesmo espírito que ainda hoje vejo a sanha comercial em toda a mídia nesta época. Já que a maioria não pode comprar e/ou ganhar o que deseja, resta o consumo de imagens. E só.

Não sejamos hipócritas: a movimentação de dinheiro no Natal é benéfica para todos (os que podem consumir). Afinal, as vendas a mais criam aporte financeiro para o 13º salário, que faz com que as pessoas comprem mais, e assim por diante...

Não vejo problema em presentear no Natal a quem a gente ama — eu mesmo enfrentei, na terça passada, duas horas de engarrafamento para comprar os presentes dos meus filhos — mas acho que isso não pode estar no centro das comemorações. O Espírito de Natal precisa encher nossas famílias e nossos corações e mentes nesta época e permanecer durante todo o ano, ou melhor, durante toda a vida. Não adianta a gente ser bonzinho nesta época e fazer tudo errado no resto.

O nascimento de Cristo é um acontecimento para ser comemorado com muita devoção e fé. Pessoas que a gente não pôde ajudar merecem pelo menos nossas orações. É isso que devemos fazer à meia-noite do dia 25, muito antes de pensar em ceia, bebidas, presentes... Lembrar de Deus e de Seu Filho mais Ilustre e do significado da existência de ambos para a nossa própria existência.

Pretendo escrever um pouco sobre 2006 na semana que vem.

Um Natal cheio de alegria e paz para todos.

2 Comments:

  • At 14:02, Blogger Carmen said…

    João Flávio... nunca escondi de ninguém que o meu verdadeiro, grande e único amor é o Cristo. Estou numa fase da minha vida em que não tenho religião definida. Estou passando por um período de muitos questionamentos em relação aos dogmas, mas minha convicção em relação ao Cristo é absolutamente inabalável. Ele é o sentido.

    Mas não vou negar que adoro dar e receber presentes. Fico totalmente infantilizada na noite de natal e minha família sempre perde a paciência com a péssima mania que tenho de apalpar todos os presentes e tentar advinhar o que são. Infelizmente não consigo me controlar. É mais forte que eu. Vamos ver como vou me sair estando em casa de estranhos durante a noite de natal. Acho que vou precisar tomar um calmante...

    Só lamento esta onda porque fico pensando nos meninos de rua com quem trabalhei durante anos. Eles também são contaminados por esta onda consumista, mas sem poder acompanhar o ritmo dos assalariados, classe média alta, ricos, riquíssimos e etc. Para eles é a máxima "queira, mas não possua".

    Cada dia tenho mais certeza de que precisamos de uma mudança de sistema político. Não sei em que direção e não quero parecer saudosista, mas acredito muito mais no controle estatal do que neste capitalismo insano.

    De qualquer forma... Feliz Natal e longa vida ao Diálogo!!!

     
  • At 14:09, Blogger João Flávio Resende said…

    Carmen,

    Estamos na frente do computador ao mesmo tempo. Que rapidez!!!

    Todos que lidam com os problemas sociais devem mesmo sentir mais o fosso que separa ricos e pobres, que fica gigantesco nesta época.

    As formas de controle estatal que tivemos até hoje em todo o mundo não deram conta de promover mais justiça social e melhor distribuição de renda. Talvez um dia cheguemos no sistema ideal. Enquanto ele não vem, a gente vai tentando fazer nossa parte, mesmo que atinja um universo infinitamente menor do que gostaríamos.

    Carpe diem!

     

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